sexta-feira, 5 de agosto de 2011

AS MINHAS ANOTAÇÕES

                       

          Neste blog primeiro quis dedicar, as minhas íntimas situações pelas quais passei durante toda a minha vida. Não é verdade que uma página como esta seja suficiente, para uma vida já caduca com mais de meio século de enferujamento ou seja vivência, se assim queiramos.
            Por onde começar é difícil, também exâgero seria de mim, caso tentasse referência os anos da década cinquenta do século passado. Porque nessa altura eu acabava de nascer, nas terras de Utse e nhambalo, coisa que assistí muito menino ainda. Culturas que se vão apagando, com fúria e força de cilivização(dita) e a globalização.
            A minha avó dizia-me que eu seria diferente, fazia referência aos meus demais primos, fruto da sua função genetica, dos seu cinco filhos contava com vinte e dois netos vivos, sem bem que muitos morriam, situações sanitárias inadequadas, contribuía bastante. O sarampo e a varíola reinavam naquele tempo. Assistí já adulto, a morte da minha prima vítima de variola aos catorze anos de idade. Este era o cenário daquelas terras em que nascí.
                Muitos perguntariam, porque a minha avó dizia que eu seria diferente? A vida era uma lotaria, dos vinte e dois netos da velha Tchanaze, apenas eu conseguí ir para escola.
                  Recordo a minha avó como se ela fosse a minha profetiza. Ela acertou, mas fico infeliz tendo muitos meus inletrados, sem muitas oportunidades. Situação que com tempo em Moçambique se ajustou progressivamente e positivamente, graças as novas ordens políticas e administrativas. Pois, a varíola se calhar alguns até nem conhecem, a sarampo essa me parece controlada. Eram as enfermidades que dizimavam muita gente, no tempo da minha infânia.
               Mas nem tudo foi um mundo de rosas, quando se trata de uma vida de campo, nessa altura a distância entre escola e casa não era inferior a vinte quilómetros. O material escolar e o vestuário era o bicho tremendo.
                Bem trando-se de assunto em blog, de tempo em tempo, com certeza se Deus me livrar mais ainda um pouco, terei outra conversa. Quem sabe, se calhar bonita ainda.
                                 José Manuel Meque


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